quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Quem sabe? Quem escuta? Quem não sabe?


«Eu não sei
se eles não sabem
que eu não sei
que eles não sabem
que eu não sei ... »

(imagem retirada de rtp.pt)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

E o Algarve pós-votos?


Isto assim, até parece quase um blogue eleitoral, ou de política, ou de outra coisa qualquer de que costumamos fugir a sete pés, ...

(Também publicado no

Nestes últimos dias de campanha para as legislativas, que se confundem com os das autárquicas em banho-maria, após um já longo período de pré-campanhas para umas e outras em que se misturam as mensagens, os agentes, as promessas e os tons eleitorais (tantas vezes eleitoralistas), dou por mim a pensar no «Algarve pós-votos» em que eu gostaria de viver, mas para cuja concretização, de facto, não acalento grandes esperanças, independentemente de quais venham a ser os resultados dos diferentes escrutínios.
E no entanto, algumas das questões que agora me passam pela mente até são abordadas pelas campanhas de vários candidatos, a vários níveis…, mas mesmo assim, duvido. Vejamos porquê.
Gostaria de, após exercer o meu dever cívico de eleitor, poder utilizar boa uma rede de transportes públicos, integrados de comboios ou metro de superfície com autocarros não poluentes, que me levassem sem grandes peripécias e enorme imprevisibilidade a qualquer local da região, ou, pelo menos, a uma parte significativa dos locais com alguma importância pública ao longo do litoral. Penso que não era pedir muito.
Por exemplo, poder vir do aeroporto de Faro, para Faro, pelo menos às horas mais normais do respectivo tráfego aéreo, confiando nos horários e percursos indicados (se fossem de facto indicados).
Ou então poder ir de Faro a Sagres sem gastar um dia inteiro de esperas e desencontros entre diferentes meios de transporte, horários e plataformas de comutação. Já agora, não me desgostaria poder andar de bicicleta ao longo da magnífica linha de costa algarvia sem a ilusão traiçoeira e completamente assassina, do ponto de vista da segurança rodoviária, que representa uma famigerada linha azul a fazer de ciclovia-travesti em muitos troços para tal assinalados, só para inglês ver e para os fundos comunitários enganar.
Gostaria de poder andar por todo o lado sem a lixeira contínua ao longo das estradas e ruas, qualquer estrada…, qualquer rua…
Gostaria, enfim, de poder andar por qualquer passeio sem a praga omnipresente de automóveis inamovíveis e intocáveis…
Como referi, vários candidatos tocam estas teclas nas suas campanhas e pré-campanhas, mas eu duvido, é que nestas coisas eu já estou como aquele santo, ver para crer! Por outro lado, aquilo que eu dispensaria de bom grado ao longo destes já longos dias de campanhas e pré-campanhas, são aqueles cartazes ou «out doors» mastodônticos onde se exibem algumas das principais personagens eleitorais, em fotografias da mais duvidosa qualidade fotogénica, as quais, para além de constituírem por vezes verdadeiros atentados paisagísticos, têm também a inevitável função de nos fazer cansar daquelas carantonhas perenes. Na verdade, de tão insistentemente perenes que se nos apresentam, essas mesmas carantonhas, correm um sério risco de se tornar caducas por redundância – é uma das leis da incomunicação. Embora, em boa verdade, algumas já sejam caducas por natureza, mas mesmo assim, eu dispensava…