quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Velha Fábula em Bossa Nova (The Ant and the Cicada)


(Em homenagem ao Alexandre O'Neill, só porque me apetece, aqui fica a versão integral da «formiga», já tantas vezes cantada, mas sem referências canoras à última estrofe entre «aspas» o'neillianas)


Minuciosa formiga

não tem que se lhe diga:

leva a sua palhinha

asinha, asinha.


Assim devera eu ser

e não esta cigarra

que se põe a cantar

e me deita a perder.


Assim devera eu ser:

de patinhas no chão,

formiguinha ao trabalho

e ao tostão.


Assim devera eu ser

se não fora

não querer.


(-Obrigado, formiga!

Mas a palha não cabe

onde você sabe...)

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