Em 1969 apareceu nas montras das discotecas (lojas onde se vendiam discos) um LP com o estranho nome de Led (mal sabia eu que aquilo era uma espécie de transcrição fonética já a cair para o «heavy») Zeppelin e com a imagem fálica do dirigível na capa a desfazer-se em fumo e chamas, imperceptíveis no grafismo a preto e branco, mas reconhecíveis porque já as teria visto num qualquer apontamento histórico-televisivo. Comprei. No lado B, a terceira música chamava-se Communication Breakdown e acredito que tenha contribuído significativamente para as minhas aprendizagens sobre o assunto. O Jimmy Page, que já tínhamos visto na tela, no Blow Up do Antonioni em 1966, na companhia do Jeff Beck (já a partir a guitarra em palco, confrontando o amplificador em distorção, o que viria a ser a imagem de marca de outro Jimmy em Woodstock, mas este bem mais sensual), encheu os ouvidos do pessoal menos delicodoce e deu-nos a primeira ideia a sério do que queria dizer metal pesado. Confirmou tudo pouco tempo depois com Whola Lotta Love ou Immigrant Song, entre tantas outras, que fizeram a banda sonora do início da década de 70 do século 20. No lugar deste não poderia estar mais ninguém.
(Agora só falta o patrono – o figurão do meio).
(Agora só falta o patrono – o figurão do meio).
Quero ler quando for o patrono a falar dele próprio. Quero, sim senhor.
ResponderEliminarFoi uma grande " page" na história do rock ! foi a chamada "transição guerreira" para os 70´s.
ResponderEliminarFrancisco Froes David