Depois do clamor da mocidade portuguesa e prolongando o interregno explicativo do retábulo apostólico, tinha de vir o Jazz, como antídoto.
E ontem à noite veio o jazz a la scala, ou seja, na excelente acústica do quase-a-la-escala-em-miniatura-do-la-scala que é o teatro Lethes de Faro, tocaram o meu amigo «Bad Guy» Zé Eduardo, que já toda a gente conhece cá no Burgo, lá na Praça da Alegria, nas Ramblas, no Raval e em La Gracia, no defunto CBGB da Big Apple e até em Sines na Rua do Lanterna Vermelha, mais o Alberto Pintón, italiano «stucked» em Estocolmo há vários anos, o que, aliás, se nota no tempo e no tom swedjazz, a fazer lembrar Jan Johansson, das suas baladas barítono-saxistas. Formação díficil, como os próprios reconheceram, em duo de sax muito variado (do barítono ao ottavino) e contra-baixo bem avariado, ou zézado, mas por momentos também a fazer lembrar os acordes da Song for Che do Charlie Haden, o que justificou um só set com encore. Embora eu tenha ficado com a impressão que aquilo poderia ter ido até 8 ½, pelo menos, ainda que o Nino Rota por lá não tivesse passado, nem sequer o Wagner.
(Nas legendas das fotos, quase ilegíveis, consta «everybody deserves a great bass sound», e não consta «but we got it!» + http://www.gremiodasmusicas.org/).
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O Zé Eduardo é o Che (fe) das músicas de Faro. Long live the Che (fe).
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