terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Última C, o 7 (canta ao ouvido do Patrão)


Bob Dylan, aliás, Robert Zimmerman, aliás,... (1941-…)
Quando a sua voz fanhosa imperava nos silêncios prolongados do Em Órbita, sem concorrência de qualquer play list ainda por nascer, ou quando atravessava os corredores desarrumados da Associação de Estudantes do Técnico como uma das raras excepções à música clássica ali decretada como banda sonora oficial do associativismo militante, mesmo que a nossa alma estivesse prosaicamente debruçada sobre a magnífica consistência da sopa fumegante na cantina, a nossa mente acordava como que por instinto de sobrevivência no sentido mais literal do termo, queríamos viver sobre todas as estrofes e todos os acordes e aquela voz fanhosa dizia tudo o que nós queríamos dizer e não podíamos ou não sabíamos, porque feitas as contas, sabíamos muito pouco de tudo e de nada, mas sobretudo também não queríamos olhar para trás, Baby Blue.
Enquanto o Allen Ginsberg faz um número extra:

2 comentários:

  1. Dylan! palavras para quê ? Falaste no "Em Órbita" essa "janela de oportunidades"(como se diz hoje, quando se quer dar um ar científico às banalidades que se "vendem" por aí...) que eu ouvia religiosamente em casa de um amigo /vizinho que tinha uma telefonia com UKW, coisa moderna na altura!a dos meus pais só tinha curtas e médias...
    Mas voltando ao "Em Órbita", tenho ainda dois "tesourinhos" escritos à mão (pois claro...)com as 15 melhores canções e albuns, revelação do ano e pior do ano, de 1969 e 1970.
    Se quiseres, empresto e publicas aqui no blog.Claro que o Dylan, ficava sempre fora destas listas, era considerado (e bem) como ACIMA de qualquer avaliação !
    Ainda bem que a "nossa senhora da educação" ainda andava de fraldas...ou não !

    Francisco Froes David

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  2. Xico, claro que quero, essas listas são pérolas. Cá fico à espera.

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