quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Mocidade Portuguesa, «Quem manda?» ...

O meu amigo Joaquim Vieira, antigo colega do Técnico e das respectivas lides associativas, orador e mentor teórico dos putos mais novos (como eu) nos seminários clandestinos (eram mais à surrelfa e de regabofe retemperante do que outra coisa) em plena serra de Sintra no ano da imensa graça dos gorilas e das greves de 1972, vai agora lançar um livro sobre a Mocidade Portuguesa, a tal, das botas cardadas dos chefes de esquina e de castelo e mais não sei o quê porque nunca tive uniforme com o famoso S no cinto, embora tenha andado a marchar no pátio do D. João de Castro feito tolinho ainda que à paisana a cantar e a rir levado levado sim e a fazer pontaria com uma pressão de ar torta de nascença, a montar tendas com pauzinhos na mata do liceu e até a carregar pesadíssimos Lusitos para o rio em Belém, que depois nunca velejavam por falta de tempo. Mas por acaso a gente até se divertia (dizer isto é quase sacrilégio para o pessoal da boa consciência política, só que é verdade... mea culpa, mea culpa).
O lançamento será no dia 11, às 17.00, na FNAC do Chiado, com apresentação da obra pelo Pacheco Pereira (olha outro blogueiro). Eu tenho muita pena de não poder ir até lá, porque a província ainda está no mesmo sítio onde sempre esteve e virá a estar mesmo que o tgv nos passe à porta, mas recomendo alegremente o evento aos que puderem usufruir da condição de cidadania urbana e capitalesca - de capital - cidade principal do estado, de coisas. Boa Joaquim.

7 comentários:

  1. A Bufa era uma merda e uma pincelada do caralho e o Marcelo Caetano é que era o Chefe da Bufa. Haviam mas era de ter tido todos uma rebanhada de trgloditas mangoloides, a ver se eu ne ralava.

    ResponderEliminar
  2. mas estamos ou não estamos melhor ? desde 74 animação não nos falta !

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá legião 1143, quem quer que vocês sejam (Legião?). Pois, mas antes de 74 também não faltava, apenas com a pequena diferença de irmos parar a Caxias só por estarmos fazer comentários deste tipo. Convenhamos que, mal por mal, sempre prefiro esta animação.

      Eliminar
  3. não me parece que o meu comentário me fosse levar a caxias , sabe que depois de 74 houve muitos mais presos em caxias do que antes , não sabe ? com a diferença que depois qualquer um podia lá ir parar . Já que prefere esta animação , devia por exemplo andar no comboio e ir até caxias ou se prefere o da outra linha também serve , vai então ver o que é a verdadeira animação !todos os dias alguns jogam um jogo só que de azar ! eles que o digam .

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O seu comentário, provavelmente, não, já os outros,...? De qualquer modo e independentemente das várias contabilidades prisionais sempre possíveis de fazer, nunca as falhas, as fraquezas, as mediocridades, as permissividades, nem mesmo as criminalidades permitidas por um estado de liberdade poderão alguma vez justificar a ausência ditatorial dessa mesma liberdade.
      Mas também acho interessante que esta mensagem, já algo datada num blogue meio adormecido, tenha suscitado este diálogo, um sinal dos tempos que, para o bem e para o mal, são muito diferentes do que eram não só há quase meio século, mas do que eram apenas há meia dúzia de anos atrás.

      Eliminar
  4. "O seu comentário, provavelmente, não" claro que não , é que sabe a mim nada me move contra a nacionalidade por isso nada tenho a temer em que tempo seja , depois há os outros que sofrem de azia e que normalmente vislumbram o mundo no seu contrario , "a ausência ditatorial dessa mesma liberdade" bem o engraçado é que agora é que não posso ir por exemplo ali ao jardim com os putos , é que sabe a segurança para mim é uma das liberdades essenciais e sem ela não me sinto livre , " este diálogo, um sinal dos tempos " bem realmente é diferente escrever aqui do que há cinquenta anos escrever uma carta , mas por certo quando apareceu o telefone acharam uma maravilha poder ligar e dizer logo em vez da carta , isso acho que faz parte do avanço dos tempos tecnológicos e nada mais .
    "justificar a ausência ditatorial dessa mesma liberdade" bem aí ponham o nome ou regime que quiserem , eu por mim apenas quero ser feliz e parece-me que há por aí muita gente infeliz ,julgo que não pode haver regimes que sejam vacas sagradas .

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Afinal concordo consigo, excepto naquilo da nacionalidade, ou seja, também nada me move contra a nacionalidade, mas já em nome dos nacionalismos (das religiões e das ideologias também) têm-se cometido bons roles de crimes muito piores dos que acontecem no seu jardim, o que, obviamente, repito, não justifica em nada o facto de não poder sair com os putos em segurança. E olhe, a sério mesmo, só lhe desejo que seja muito feliz com os seus putos em qualquer jardim perto de si.

      Eliminar