domingo, 23 de novembro de 2008

Última Ceia 2


Carlos Santana (1947-...), autêntico apóstolo dos ritmos afro-latinos no seio do rock'n roll anglo-americano, que nos fez recuperar alguma latinidade perdida e envergonhada, tal como Manu Chao faria quase 30 anos depois, sobretudo com o êxito das músicas de fusão (improvisos bem mesclados com solos sublimes de guitarra, ambientes ácidos de órgão quase sacro e muitas percussões assentes em linhas limpas de um baixo fortemente pulsante, como por exemplo em Jingo e Soul Sacrifice no primeiro álbum, Santana, 1969, para além das fartas cabeleiras à Angela Davis e dos bigodes à Pancho Villa, mas muito principalmente com a afirmação quase adulta das melodias doces de Black Magic Woman e Samba pa Ti, lado a lado com o ritmo erótico de corrido rock-latino-afro-zapatista de Oye Como Va em Abraxas, 1970, o tal da capa estonteante e afrodisíaca de Robert Venosa.

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