quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Última Ceia 5


Mick Jagger (1943-…) tem a maior boca do rock n’ roll, tirando a Tina Turner, fazendo dela a imagem de marca dos Stones, embora a fronha enrugada do Keith Richards debruçado sobre a viola eléctrica de sons ácidos não seja de menor gabarito. Os calhaus rolados, no princípio, eram o pólo oposto dos escaravelhos, nada de cançonetas lamechas de mão na mão e I love you ye ye. Aquilo era só rythm n’ blues bem rasgado mas que, com o andar dos tempos e o encher da veia melómana do Brian Jones (1942-1969), foi ganhando textura melódica de fazer inveja aos «guedelhudos» de Liverpool, como por exemplo em She’s Like a Rainbow ou Paint it Black.
Os Stones eram a revolta contra tudo e contra todos bem visível no ar arrepiado das mães e dos pais das meninas namoradeiras a quem alguma vez oferecemos o Jumping Jack Flash como prenda de anos.
«Watch it!I was born in a cross-fire hurricane

1 comentário:

  1. Bom texto, pela importante citação do Brian Jones, o homem dos mil instrumentos. No entanto, permito-me um "pequeno" discordar do tempo dos verbos usados no texto. Foram...eram...Nããã...,cá pr´a mim, ainda SÃO tudo o que está escrito, claro que de outra forma.
    Basta ver o "Shine a Light" do Scorcese, aquele dueto com o Jack White (White Stripes)mostra que estão "vivos",que se importam com a nova música (boa)que se faz.
    Francisco Froes David

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