De facto já começam a aparecer os mais fantasiosos palpites sobre a razão de ser da última ceia versão r n r e dos seus protagonistas, alguns em comentário e outros em «live», alguns andam mesmo muito próximo, quase a queimar o retábulo. Mas vamos manter a suspança, com a complacência dos que já adivinharam, dando continuidade à platibanda apostólica e cumprindo a primeira metade do friso.
Jimmy Hendrix (1942-1970), o mago da guitarra, ou viola sem ser de gamba, com alma de cigano e swing até dizer chega. Queimar guitarras em palco, tocar o hino com distorção e inventar acordes, de que nem o Django se lembraria, que faziam chorar as pedras da calçada e eriçar os cabelos dos sovacos das costureirinhas encheu-nos as medidas, era algo que não passaria pela cabeça de ninguém daquela época neste jardim à beira mar plantado. Também é verdade que aqui poderia estar o Otis, a voz mais melodiosamente cool da soul, ou a Janis, a voz branca mais azul que alguma vez se ouviu, mas ficou o Jimmy e ficou muito bem, experienciando uma madalena nada arrependida e a ver estrelas contra os canhões e os barões assinalados por qualquer electric ladyland sentada à mesa em versão adaptada.
(naquela altura os capitães ainda não eram o que viriam a ser).
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